PADRE DE BOM CONSELHO É DESTAQUE NO GLOBO ESPORTE

Padre alvirrubro apresenta Náutico ao Papa e reza pela classificação do time.

“Um olho no jogo e outro na missa”. Esse parece ser o lema do padre Marcelo Protázio. Nos fins de semana, ele costuma dividir as atenções entre a missão e a paixão pelo Náutico, clube do coração. Fiel às duas instituições, procura abraçar uma e outra sem que haja conflito. Aos 42 anos, sendo 23 deles dedicados à igreja, o católico realizou o maior sonho: teve a honra de conhecer o Papa Francisco e, de quebra, apresentar-lhe sua outra grande devoção: o Timbu.
O encontro com o pontífice, que é argentino e torcedor do San Lorenzo, aconteceu em novembro do ano passado, durante uma audiência do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, no Vaticano. Na ocasião, O Padre Protázio levou dois presentes para o Papa. Um deles foi manto vermelho e branco do Náutico.

- Eu tive a sorte de ser a última pessoa da fila a cumprimentar o Papa Francisco e ter, consequentemente, mais tempo para conversar com ele. Então aproveitei. Dei dois presentes para ele. Um foi um artesanato da minha cidadezinha, chamada Bom Conselho, no Agreste de Pernambuco. O segundo presente foi direto do Recife: uma camisa do Náutico. Eu entreguei e pedi para ele dar uma bênção. Quando ele viu a camisa ele abriu um sorriso grande, bateu no ombro e disse uma coisa que pediu para ser segredo nosso. 
No próximo sábado, novamente a agenda do padre vai contemplar as duas crenças. O Náutico estará em campo decidindo uma vaga na final do Campeonato Pernambucano, diante do Salgueiro, na Arena Pernambuco. No mesmo horário da partida, às 18h30m, Protázio estará celebrando mais uma missa. Fato que não lhe impede de torcer para o Alvirrubro.
- Eu vou rezar a missa com a intenção de fazer o Náutico vencer. Eu não vou poder assistir ao jogo. Mas vou ficar esperando alguém mandar uma mensagem pelo telefone e, assim que terminar a missa, eu irei olhar. Eu queria muito poder acompanhar lance a lance – contou. 
Diferentemente do habitual, onde a paixão pelo clube do coração é herdada pelos familiares, a paixão do padre pelo Náutico teve outra origem: Em 1981, antes mesmo de ter se tornado seminarista, ele teve a primeira identificação com o Timbu.
- Meu pai torce para um time que eu me recuso a dizer o nome (Sport). Eu era garoto e conheci um senhor chamado Aloísio, que trabalhava perto da minha casa, e sempre vivia com a camisa do Náutico. Eu via sempre ele com a camisa e achava bonito aquele vermelho e branco. Ele também sempre me contava histórias do clube e acabei ganhando gosto pelo clube. Hoje sou apaixonado pelo time.
FOTO E TEXTO: TIAGO AUGUSTO

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